Estudo analisa impacto do uso de inibidores da glicoproteína IIb/IIIa em intervenções endovasculares
A doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) afeta mais de seis milhões de americanos. A DAOP não só afeta a qualidade de vida como é a principal causa de amputação de membros. As intervenções endovasculares são, atualmente, a principal forma de tratamento cirúrgica para esta doença.
Eventos tromboembólicos são conhecidas complicações desses procedimentos. Várias classes de fármacos como anticoagulantes e, principalmente, antiagregantes plaquetários, constituem drogas essenciais no manejo dessas complicações.
Os inibidores da glicoproteína IIb/IIIa (GPI) fazem parte do armamentário antiplaquetário há bastante tempo em intervenções coronárias. Porém, há poucos dados referentes à sua utilidade em procedimentos endovasculares periféricos.
O estudo publicado por Shilpkumar Arora et al no Journal of Catheterization and Cardiovascular Interventions constituiu-se num coorte retrospectivo analisando a base de dados nacional dos Estados Unidos de 2006 a 2011, totalizando 92.719 pacientes.
Os investigadores concluíram que a utilização dos GPI, em comparação à sua não utilização, era preditivo de menores taxas de amputações tanto maiores quanto menores (OR 0.36 IC95% 0.27-0.49). Não houve diferença estatisticamente significativa na mortalidade hospitalar (OR 0.59 IC95% 0.31-1.14).
Após o ajuste populacional para comparação, o coorte que fez uso dos GPI apresentaram taxas menores de amputações (3.2% vs 8%; p < 0,001), porém maiores custos hospitalares ($21.091 vs $19.407; p<0,001).