Endoâncoras são mais uma opção para o tratamento de AAA
O uso de Endoâncoras para fixar e selar endopróteses é seguro e eficaz para tratamento de pacientes com aneurisma de aorta abdominal (AAA) de colo curto, segundo dados de dois anos do registro global ANCHOR. Frank Arko apresentou os resultados no Charing Cross Symposium de 2019 confirmando a taxa alta de sucesso com o procedimento. “O objetivo do tratamento atual de AAA é a durabilidade a longo prazo. A correção cirúrgica convencional faz isso muito bem. Podemos simular e obter os mesmos resultados com EVAR com a adição de Endoâncoras? Eu acho que sim”.
O registro ANCHOR é um estudo prospectivo, multicêntrico realizado nos EUA e na Europa. Dos 584 pacientes do braço primário, 100 tinham aneurismas de colo curto (<10mm) e 70 foram reavaliados depois de um ano. Os resultados de dois anos nos primeiros 38 desses pacientes foram disponibilizados no simpósio. Arko explicou: “O registro ANCHOR evoluiu e passou a avaliar apenas casos de colos curtos. Você tem que ter um diâmetro do colo entre 19 e 32 mm, com ângulo menor que 60. As Endoâncoras usam uma bainha de 16 Fr de perfil”.
Ao todo, 73% dos pacientes eram do sexo masculino e a média de idade foi de 71,3 anos, sendo 93% ASA III ou IV. 31% dos casos eram urgentes ou emergentes, exigindo uma solução rápida. É uma anatomia relativamente hostil – o comprimento médio do colo era de <7 mm, o tamanho do aneurisma era de 5,8 cm, a angulação de 20,6 graus, e o diâmetro do colo limítrofe, com 26 mm”.
A duração média do procedimento foi de 148 minutos. O tempo médio para implante da endoâncoras foi de 17 minutos e o tempo médio de fluoroscopia foi de 35 minutos. O número médio de endoâncoras implantado foi de 5,5.
Taxa de sucesso do procedimento foi de 97,1%, com uma taxa de 2% de endoleak tipo 1A em um ano. Entretanto, Arko observou que “quando você acompanhava esses pacientes em até dois anos, o risco de endoleak Ia nessas anatomias hostis era de 0% e a taxa de migração era de 0%. Apesar de a maioria das pessoas considerar o diâmetro do aneurisma um bom marcador de exclusão completa, cada vez mais dados sugerem que a regressão do saco aneurismático é provavelmente o dado mais importante para observarmos”.
Em um ano, quase metade dos pacientes tiveram regressão do diâmetro do aneurisma (44%), com 56% permanecendo estáveis. Em dois anos, a regressão do saco aumentou para 65% e 35% permaneceram estáveis.
Arko concluiu: “No acompanhamento até dois anos, temos excelentes resultados clínicos de um grupo complexo de colo curto, sem endoleak Ia e regressão do saco em 65% e apenas uma reintervenção relacionado ao colo proximal”.
Fonte: Vascular News
Imagem: Medtronic
Baixe o app Endovascular Brasil
Disponível para iPhone e Android
Download gratuito
Acompanhe as novidades no Facebook